
Fico enfrente ao espelho para ver-me melhor,reconhecer-me, nada vejo senão marcas de tristeza que não tem fim, sentimentos confusos que ainda não consigo tratá-los com o devido respeito para que deles eu consiga determiná-los em proporção e clareza para enfim não magoar-me tanto e perdoar-me de pecados que cometi contra eu mesma.
Tento sumir dos fragmentos meus,achar pedaços de mim, colocar rimas e traços meus para respirar perfumes de minha vida, não encontro nada a meu favor.
Apesar de estar sempre pensando positivamente no prático da vida, quando aqui venho escrever jogo-me nas angústias que afligem-me e as palavras que deveriam ser aromas deliciosos parecem mais pitadas de especiarias com quente paladar, fazendo com que perca o compasso de meus pedidos de perdão ao meu ser.
Olho-me e peço para que eu dê alento a minha dor.
Minha face enche-se de lembranças quero acreditar que tudo apascentará.
São tantos os prantos, que a poesia com tanta fantasia não faria magia para tanto consolo.
Aqui fica minha história interior, mais lutas interiores do que qualquer coisa, minhas conquistas de vitórias serão colhidas ao longe, talvez não as verei e nem sentirei o sabor.
Dizem que para tudo na vida tem um novo dia, mas meu DEUS quantos novos dias sombrios tenho visto.
Escudos preparo para proteger-me de meus dissabores e desilusões, fazendo-me verter salgadas lágrimas.
Tristeza bate todos os dias em minha alma, não consigo mais sorrir.
A melodia de minha alma é o silencio profundo. Volto a olhar-me no espelho, mais silencio, não quero mais falar comigo.
Ana Paulino 12/04/2009
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