domingo, 8 de maio de 2011

MÃE... minha MÃE


Desculpem-me se este não é o texto que todos esperam para um dia das mães, que não tem o teor comemorativo, mas fiquei pensando, MÃE, sim é uma pequena palavra, mas que tanto de responsabilidades ela contém, e olhem não é fácil essas responsabilidades, fiz uma leitura em um perfil de um amigo no face , que falava "EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: "NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS". Carlos Hecktheuer
A mãe da palavra não, agora não pode, você não vai, etc, e que acabam sendo vistas como vilã sempre, não consegui conciliar esse papel de mãe, pai, chefe de família, trabalhadora, pensadora das labutas diárias, dificuldades que chegaram até a minha vida, que não estava preparada para conciliar tudo isso e dentro de meu intimo sozinha.
Vejo-me com falhas que foram sempre como diz "

"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar." Clarice Lispector

Sempre procurando um caminho em busca de perfeição, que não tenho, imperfeita e tbm não perfeita mãe, mas com gdes responsabilidades que agora parecem-me ter sido em vão, tantos momentos difíceis de individualidade que compartilhei em silencio, meu silencio, ás vezes temos dificuldades de dizer que amamos muito uma pessoa.
Mas lembro-me sempre de uma figura que marcou muito minha vida que sempre está em meus pensamentos qdo dirijo-me ao descansar a noite, depois da correria da mãe que sou, buscando o melhor que gostaria de ser, ela é a dona Alzira que deu-me tudo que eu precisei para ser alguém, talvez não o alguém tbm sonhado por ela como toda mãe faz expectativas, e assim como tbm sonhei e sonho aos meus.
Ela a dona Alzira que em cada silencio disse algo sempre, em cada dizer de chamar atenção tinha uma devida intenção para aquilo dito, não dito, e que hoje tenho consciência de cada NÃO que ouvi, e que me fazem entender o quão ela sempre amou-me mesmo eu não entendendo naquele momento do que realmente ela protegia-me.
Exatamente 4 anos atrás ela chegou em minha casa e deparou-me com a seguinte cena:
" Um esposo tetraplégico em uma cama 3 crianças 1 ano e meio, 2 anos e meio, um guri que estava já crescendo com 9 anos e uma adolescente de 17 anos, cada um com uma necessidade de minha presença, estava um momento meio confuso em minha cabeça, sem literalmente chão, mas que eu tinha que fazer de conta que estava tudo inteiro dentro de mim, mas dona Alzira conseguiu entender com olhos que sempre teve conosco do que estava realmente acontecendo ali, foi tudo muito rápido(20 dias), acidente, dificuldades, falecimento de meu esposo, e eu ter que retomar tudo sozinha, sem saber o que viria a frente.
Ela dona Alzira com toda timidez que muitas vezes demonstra, mas que gde mulher ela é, encostou em mim eqto umas das cças estavam a minha barra pedindo algo e meu esposo esperando por eu arrumar o café da manhã para servi-lo, pois só aceitava que eu fizesse isso, disse-me:
" NÃO PARECE MAIS EU AMO VOCÊ" e os olhos dela dona Alzira encharcaram de lágrimas que não precisou de um texto deste tamanho que agora descrevo,para dizer o tamanho do amor que ela sempre teve por mim.
Deste momento em diante percebi que não estou sozinha, nunca estive sozinha, mesmo qdo mereci as repreensões que tive.
Ela dona Alzira a mulher que nos mostrou o caminho educou 5 filhas mulheres com o caminho que agora compreendo que sempre desejou atingir... o nosso CORAÇÃO.
Agora estou a dizer você dona ALZIRA tenha certeza conquistou sim a façanha de ser MÃE, e vencedora.
Dona ALZIRA a minha MÃE... feliz não dia das mães, mas sim FELIZ UMA VIDA INTEIRA SENDO MÃE... minha MÃE...

Ana Paulino Furtado 08/05/2011

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